segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O papel do aprendente na educação a distância – Modelo da Teoria da Distância Transaccional

E-fólio A - Educação e Internet

Na educação a distância, a distância não se resume apenas ao espaço e ao tempo, mas também em termos da relação do comportamento entre alunos e professor ou seja, da relação entre alunos e conteúdos, aluno e aluno e alunos e professor. Como tal, é necessário medir o envolvimento dos estudantes a distância, nos cursos que frequentavam. Associada à educação presencial, está vinculado o de distância transaccional. Este conceito surgiu na educação a distância através de Moore, em 1980.
Na educação a distância ocorre uma separação física e temporal entre aluno/a e professor/a. A forma como essa distância afecta a aprendizagem está intimamente ligada à menor ou menor distância transaccional.
A distância transaccional é constituída por três dimensões:
Dialogo
, refere-se à interacção existente entre aluno/a e professor/a, a estrutura prende-se com a forma como a estrutura do curso ou disciplina são disponibilizados ou organizados, e a autonomia do estudante, ou seja, a sua predisposição e motivação para o auto estudo e a forma como este a controla.
Em termos de dialogo, quanto mais pequena for a distância transaccional, isto é, a interacção entre o ambiente, os indivíduos e os seus comportamentos, maior será o envolvimento do estudante. Porém, o reverso ocorre quando são disponibilizados uma maior quantidade de recursos, isto é, estrutura. Neste caso, a distância transaccional aumenta pois não há necessidade de interacção para chegar ao conhecimento.
Depende do/a professor/a a gestão da distância transaccional que quer atribuir a determinado curso ou disciplina.
O/a professor/a pode:
. Ser mais ou menos presente;
. Conceber todos os conteúdos ou dar apenas tópicos de análise para que este construa sozinho o conhecimento;
. Disponibilizar ferramentas que possibilitem ao aluno estar em maior contacto e interagir com a comunidade de aprendizagem;
. Estimular a participação em discussões com os grupos;
. Disponibilizar apenas os recursos, tendo o/a aluno/a que gerir o auto-estudo.
Como refere Moore, o importante não é suprimir a distância transaccional mas em utiliza-la eficientemente em relação aos/as alunos/as, aos conteúdos e ao meio utilizado.
A melhor forma de gerir a distância transaccional é mesmo a ponderação.
Tal como na educação a presencial, o/a professor/a está perante um grupo de estudantes, constituído por indivíduos com diferentes características psicológicas, motivações, necessidades educativas e capacidade de aprendizagem. A forma de diálogo, a estrutura e a autonomia do/a aluno/a deve ser tida em conta quando se constrói um plano para determinada disciplina ou curso. É por isso necessário contemplar as diferenças, sendo necessário nunca esquecer que o/a aluno/a é o centro de todo o processo de ensino/aprendizagem.

Recursos:
Wallace, R. (2003) -Aprendizagem Online na Educação Superior: uma Revisão da Investigação sobre as Interacções entre Professores e Estudantes.

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