“Na interacção com os jogos electrónicos, essas funções cognitivas são intensificadas a cada dia, o que permite às crianças, (…) a descoberta de novas formas de conhecimento, que hoje também ocorrem por meio da simulação de novos mundos” – (ALVES, 2005, p. 22).
Os jogos de cariz pedagógico mostram-se como um novo desafio e complemento à aprendizagem de alunos/as. Através da interacção no jogo, o/a aluno/a vai desenvolvendo as suas configurações mentais, que o levam ao sucesso e apreensão dos conteúdos.
Como refere Ângela McFarlane, do grupo Teachers Evaluating Educational Multimedia (Teem), “o principal problema do uso destes jogos é o facto deste tipo de aprendizagem não ser contemplado nos programas curriculares de ensino”. Assim sendo, o estado, a escola, e sobretudo os professores, devem começar a ver os vídeo jogos como recursos educativos e analisa-los como um todo potenciador de aprendizagem.
Como se pode observar, são várias as características e pontos que um vídeo jogo pode estimular na aprendizagem. Não se trata apenas de jogar por jogar, de um passatempo. São momentos em que crianças e jovens utilizam o jogo para estímulo cognitivo e que, quando devidamente acompanhados e incentivados pelos/as monitores/as, conseguem alcançar várias competências, aprender estratégias e adquirir conhecimentos específicos a serem transpostos para a sala de aula.
Os jogos não se situem na aprendizagem formal, nos conteúdos abordados pelas disciplinas, são fundamentais para o desenvolvimento de diversas capacidades que auxiliam e potenciam a aprendizagem noutros contextos.
Há diversos atributos dos videojogos que podem ser pertinentes para a aprendizagem. Estes incluem:
- Construção do conhecimento contextual (isto é, fechando a abertura entre o que é aprendido na teoria e a sua prática);
- Tempo elevado dedicado à tarefa;
- A orientação para a motivação, mesmo após a falha;
- O fornecimento aos jogadores de sugestões e das soluções parciais para fazê-los progredir na aprendizagem;
- A personalização da aprendizagem; e
- A paciência infinita.
In: Harnessing the power of video games for learning, 2006
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